sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Dengue :S

Dengue.





É uma doença infecciosa aguda de curta duração, de gravidade variável, causada por um arbovírus, do gênero Flavivírus, transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti infectado, mas também pelo Aedes albopictus, que costumam picar durante o dia, ao contrário do mosquito comum (Culex), que pica durante a noite e são principalmente encontrados em áreas tropicais e subtropicais do mundo.





Ciclo:


















Formas de apresentação:

A apresentação da doença ocorre de quatro formas diferentes, sendo elas:

* Infecção Inaparente;
* Dengue Clássica;
* Febre Hemorrágica da Dengue;
* Síndrome de Choque da Dengue

Infecção Inaparente.


* A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma.
* Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.

Dengue Clássica.


É a forma mais comum e leve da doença e pode ser confundida com a gripe.
Dura em média de 5 a 7 dias e seus principais sintomas são:

* Febre alta (39° a 40°C);
* Cefaléia;
* Cansaço;
* Mialgia;
* ndisposição;
* Vômito;
* Manchas vermelhas na pele;
* Dores abdominais [mais comum em crianças].;
* Dor atrás dos olhos;
* Entre outros.

Febre hemorrágica da dengue.

* A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pele e órgãos internos, pode provocar também, hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
* Se não for tratada com rapidez, pode levar o paciente a óbito.

Síndrome de choque da dengue.


* É a forma mais grave de apresentação da doença, pois a pessoa acometida apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência, há também registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
* Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite

Métodos de diagnóstico.


* Diagnóstico sorológico: a sorologia é utilizada para a detecção de
anticorpos antidengue e deve ser solicitada a partir do sexto dia do início dos sintomas.
* Diagnóstico virológico: tem por objetivo identificar o patógeno e monitorar o sorotipo viral circulante. Para a realização da técnica de isolamento viral, a coleta deve ser solicitada até o quinto dia de início dos sintomas.
* Anatomopatológico: Todo paciente grave, que potencialmente
pode evoluir para óbito, deve ter seu soro armazenado ou
sangue colhido para a realização de exames específicos, o material coletado deve ser armazenado em frasco com formalina tamponada e mantido em temperatura ambiente.

Exames específicos.

Faz-se pelo isolamento do agente ou pelo emprego
de métodos sorológicos - demonstração da presença
de anticorpos da classe IgM em única amostra de soro
ou aumento do título de anticorpos IgG em amostras
pareadas (conversão sorológica).
* Isolamento: é o método mais específico para determinação do
sorotipo responsável pela infecção. A coleta de sangue
deverá ser feita em condições de assepsia, de preferência
no terceiro ou quarto dia do início dos sintomas.
* Sorologia: os testes sorológicos complementam o isolamento do
vírus e a coleta de amostra de sangue deverá ser feita após
o sexto dia do início da doença.

Tratamento.


* Antitérmicos e Analgésicos:

Dipirona, Paracetamol.
* Antieméticos:

Metoclopramida, Bromoprida, Alizaprida, Dimenidrinato.
* Antipruriginosos:

São utilizadas medidas tópicas, como por exemplo, banhos frios e compressas com gelo.

* Drogas de uso sistêmico:
Dexclorfeniramina, Cetirizina, Loratadina, Hidroxizine.

Assistência de Enfermagem.


§Controle rigoroso da temperatura;
§Aplicar compressas mornas;
§Orientar, auxiliar e supervisionar a ingestão de líquidos;
§Observar diurese;
§Realizar balanço hídrico e hidroeletrolítico;
§Registrar sinais vitais;
§Diminuir a luminosidade e ruídos se possível;
§Orientar repouso relativo;
§Estimular a mudança de decúbito;
§Orientar quanto ao uso de sabonete neutro;
§Orientar e supervisionar a aceitação da dieta;
• Pesar o paciente diariamente ou a cada retorno;
• Observar e avaliar os sinais e sintomas de desidratação;
• Identificar e avaliar a ocorrência de sangramento, anotando o local, volume e as características;
•Não administrar medicamentos por via intramuscular;
• Realizar cateterismo vesical se necessário;
• Orientar quanto os medicamentos prescritos (hora e quantidade a ser administrada).

Profilaxia.


§A maneira mais eficaz de evitar a Dengue é não deixar o mosquito proliferar e para que isso não aconteça pode-se:
§Evitar deixar plantas em vasos com água; - Trocar semanalmente a água dos vasos das plantas e limpar sempre os pratinhos que acumulam água; - Lavar as jarras de flores para eliminar os ovos dos mosquitos que ficam grudados nas suas paredes;- Furar as latas antes de jogá-las fora;- As garrafas vazias devem ser colocadas de boca para baixo; - Pneus velhos devem ser mantidos em lugares cobertos para não acumular água da chuva;- O lixo caseiro deve estar bem lacrado e colocado na lixeira nos horários previstos.;
§Lave com escova e sabão as vasilhas de água e de comida de seus animais pelo menos uma vez por semana.


Não esqueça: A dengue se combate todo dia!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Conduta e Assistência de Enfermagem em Hepatites Virais ;)

Acredito que Conduta e Assistência de Enfermagem sejam a mesma coisa, pois não deixa de ser uma prestação de cuidados ao paciente, mas existem pessoas que insistem em dizer que são diferentes, por este motivo decidi postar algumas coisas que podem servir como conduta e outras que são consideradas assistências, espero que gostem.


Conduta de Enfermagem em Hepatites Virais:

· Notificar o caso através da ficha compulsória;
· Em caso de hepatite aguda, deve-se encaminhar para o médico de plantão, pois pode evoluir para uma hepatite fulminante;
· Encaminhar o paciente para uma nutricionista;
· Designar um agente de saúde para acompanhar o paciente e as pessoas que entraram em contato com o mesmo;
· Encaminhar paciente para o CEPEM.


Assistência de Enfermagem em pacientes diagnosticados com Hepatite Viral:

1. Repouso:
· Ensinar o doente a aumentar lenta e progressivamente a sua tolerância, à atividade;
· Limitar as atividades físicas se após retomar a rotina os níveis das enzimas hepáticas aumentarem.

2. Nutrição e hidratação:

· Proporcionar uma adequada ingesta de líquidos, pelo menos 3000 ml/dia;
· Administrar os líquidos por via oral se náuseas e vômitos não forem graves, caso contrário, administra-se por via endovenosa;
· Avaliar diariamente o balanço hídrico e o peso do paciente;
· Proporcionar uma dieta bem equilibrada em termos de nutrientes e calorias, sendo que estes devem estar de acordo com a idade do paciente e com a superfície corporal;
· Incentivar o paciente a realizar pequenas e freqüentes refeições durante o dia;
· Restringir as gorduras;
· Orientar quanto a não ingestão de bebidas alcoólicas por no mínimo seis meses.

3. Icterícia:

· Orientar quanto medidas de conforto para aliviar o prurido;
· Orientar quanto à utilização de roupas leves e não apertadas;
· Aplicar na pele loções e cremes emolientes;
· Orientar o paciente para que evite atividades que estimulem o suor e aumentem a temperatura corporal;
· Cortar as unhas das mãos do paciente para evitar coceira e lesões cutâneas;
· Orientar o uso de sabonete neutro.

4. Febre:

· Controlar rigorosamente a temperatura;
· Aplicar compressas mornas;
· Orientar, auxiliar e supervisionar a ingesta de líquidos;
· Atentar para o risco de crise convulsiva;
· Registrar sinais vitais.

5. Cefaléia:

· Diminuir a luminosidade e ruídos, se possível;
· Orientar repouso relativo.

6. Dor abdominal:

· Realizar exame físico dirigido: localização da dor, distensão abdominal, som maciço, edema, presença de defesa abdominal;
· Colocar paciente em posição confortável, preferencialmente com a cabeceira elevada;
· Auxiliar o paciente nas movimentações;
· Verificar e avaliar os sinais vitais;
· Controlar líquidos ingeridos e eliminados.

7. Vômitos:

· Estimular a ingesta de soro de reidratação oral;
· Atentar para sinais de hiponatremia e hipocalemia;
· Incentivar a ingesta de alimentos/frutas ricas em potássio;
· Observar e avaliar os sinais e sintomas de desidratação;
· Verificar e avaliar as alterações dos sinais vitais;
· Anotar volume, característica, data, hora do vômito e freqüência;
· Manter o ambiente livre de odores desagradáveis.

By: Rayssa ;)